Em 1966, Manuel Ferreira, na altura Chefe de Redacção do jornal “Correio dos Açores”, lançou um desafio para que, finalmente, se fizesse uma homenagem digna a Carvalho Araújo pelo seu acto heroico.
Este desafio foi aceite pelas autoridades da época e, a 14 de Outubro de 1968, cinquenta anos depois do combate em que perdeu a vida Carvalho Araújo e outros membros da guarnição, foram prestadas as devidas homenagens no local do combate.
A bordo, entre outros, iam Filipe Bensaúde, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Insulana de Navegação e Gustavo Manuel Moura, enquanto representante do “Correio dos Açores”. Foram lançadas diversas coroas de flores e disparada uma salva de 21 tiros. Gustavo Manuel Moura leu uma evocação do acontecimento e homenagem a Carvalho Araújo.
Também nessa altura, o “Correio dos Açores” publicou uma Edição Especial, a cores, sobre o tema.
Nesta Edição Especial podemos encontrar diversos artigos ligados não só ao Comandante Carvalho Araújo mas também ao episódio mais marcante da Marinha Portuguesa: Uma entrevista à viúva do Comandante Carvalho Araújo, ao neto José Jorge Carvalho Araújo Guerreiro (que embarcou no paquete “Carvalho Araújo” e representou a família nas homenagens nos Açores), ao Almirante Armando Ferraz (Guarda-Marinha do NRP “Augusto Castilho”), artigos sobre a vida política de Carvalho Araújo, entre outros.

Ao longo dos anos, os Açores, em particular o “Correio dos Açores” têm dado destaque a este episódio que marcou não só a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial mas que também dignificou a Marinha Portuguesa e o nosso país no conflito.
A constituição da Associação Comandante Carvalho Araújo, em 18 de Maio deste ano, foi também noticiada pelo “Correio dos Açores” que relembra a edição especial de 13 de Outubro de 1968 e reforça a importância da Associação como veículo para “relembrar actos e pessoas que no passado se distinguiram de forma brava e espírito de cidadania e também incentivar as gerações presentes e futuras para as responsabilidades que lhes cabe, de forma diferente hoje, na vida cívica da sociedade pós moderna em que vivemos“.
