"Em 1757, um jovem Tenente do exército francês teve que fugir da França e escolheu a Prússia para se estabelecer. Este oficial viria a tornar-se o antepassado do Vice-Almirante Lothar von Arnauld de la Perière, o ás dos ases dos submarinistas em todo o mundo.
Lothar entrou para a Marinha alemã em 1904 e foi nomeado Capitão-Tenente quando a guerra eclodiu em 1914. Um ano depois, foi escolhido para comandar o U 35 até à primavera de 1918 e, em seguida, tomou o comando do grande submarino U 139, até ao final da guerra. Ao comando desses dois submarinos, realizou 14 patrulhas de guerra e afundou 194 navios com cerca de 450 000 toneladas.
Depois da guerra, Arnauld participou em diversas ações contra os bolcheviques e voltou para a Marinha em 1920. Surgia uma nova Marinha, a Reichsmarine. Durante esse período pós-guerra, recebeu o comando do novo cruzador Emden, que conduziu por todo o mundo. Em 1933, o Comandante decidiu aposentar-se e tornou-se professor na Escola Naval Turca nos anos seguintes. Através do ensino, organizou a primeira esquadra submarina turca.
Quando a 2ª Grande Guerra eclodiu em 1939, Lothar foi reconvocado para o serviço na Kriegsmarine com o posto de Contra-Almirante, em seguida, de Vice-Almirante. Em seguida, ficou encarregue de várias regiões navais, a primeira, na Polónia, em seguida, na Flandres, seguido do Oeste da Bretanha e, finalmente, foi nomeado Almirante, seguindo para a costa ocidental de França. Em meados de Fevereiro de 1941, Arnauld foi nomeado para o comando do setor Mediterrâneo. Nesta viagem, após a sua nova nomeação, ficaria às ordens do Almirante Raeder em Berlim e foi decidido que viajaria de avião, rumo ao seu destino. Deixando Bordéus em 24 de Fevereiro, desembarcou no aeroporto Le Bourget, em Paris, onde voou para a Alemanha. Durante a decolagem, o avião caiu na pista e incendiou-se. Lothar teve morte imediata.
Poucos dias depois teve lugar uma impressionante cerimónia teve lugar na catedral La Madeleine, uma catedral bem conhecido em Paris. Em seguida os seus restos mortais foram transferidos de trem para o cemitério dos Inválidos em Berlim, onde permanece até hoje."
Yves Dufeil
(Historiador e investigador francês)