Em 1916 foram onze os arrastões requisitados para a 1ª Grande Guerra mas enquanto oito deles foram utilizados na rocega de minas e classificados como caça-minas, os outros três, O “República”, o “Almirante Paço D’Arcos” e o “Augusto de Castilho” foram destinados a missões de patrulha e de escolta sendo classificados como patrulhas de alto mar.
O “Augusto de Castilho” havia sido, até então, o arrastão “Elite”, (o primeiro arrastão Português destinado à pesca do bacalhau). Mandado construir por encomenda pela Parceria Geral de Pescarias Lda., em 1909, no estaleiro Cochrane and Sons (Selby, Inglaterra), tinha o deslocamento máximo de 801 toneladas, o comprimento de fora a fora de 48,76 metros e a sua velocidade não ia além de 9 nós assegurados por uma máquina alternativa de vapor com a potência de 704 H.P. Com pouca autonomia, tinha necessidade de vir a terra com alguma frequência, para se abastecer de água e carvão.
Requisitado a 13 de Junho de 1916, foi artilhado inicialmente com uma peça Hotchkiss de 47 mm. Tempos depois foi-lhe montada uma segunda peça igual e mais tarde a peça de vante foi substituída por uma Hotchkiss de 65 mm.
A sua lotação permitia-lhe levar 41 homens dos quais 2 Oficiais, 3 Sargentos e 36 Praças.
Foram vários os encontros do patrulha de alto mar com submarinos alemães:
A 23 de Março de 1918, navegando do Funchal para Lisboa enquanto comboiava o paquete “LOANDA” e comandado pelo Primeiro-tenente Augusto de Almeida Teixeira, abriu fogo a cerca de 500 metros sobre um submarino inimigo que mergulhou prontamente.
Em 21 de Agosto de 1918, navegando ao largo do Cabo Raso, comandado pelo Primeiro-tenente Fernando de Oliveira Pinto, atacou com tiros de artilharia um submarino alemão de grandes dimensões que desapareceu rapidamente.
No dia 14 de Outubro de 1918 deslocando-se do porto do Funchal para o de Ponta Delgada e comandado pelo Primeiro Tenente José Botelho de Carvalho Araújo que escoltava o paquete “S. Miguel”, da Empresa Insulana de Navegação, é atacado pelo submarino alemão, o U139, que, após longo e desigual combate, acaba por metê-lo a pique.
A Guarnição do NRP Augusto Castilho:
1º Tenente José Botelho de Carvalho Araújo
Guarda-Marinha Manuel Armando Ferraz
Aspirante de Marinha Carlos Elói da Mota Freitas
Telegrafista nº 6431 Elísio Martins da Nova
2º Marinheiro A. Nº 305 Manuel Cruz Branco
Chegador A. Nº 499 Manuel Tomé
2º Fogueiro A. Nº 443 Manuel Joaquim de Oliveira
Aspirante de Marinha Samuel da Conceição Vieira
Sargento-Ajudante condutor de máquinas Luís José Simões
Primeiro-sargento condutor de máquinas A.D.M. nº 467 António Francisco Borges
Segundo Sargento Artilheiro nº 939 José Ribeiro Nobre
Dispenseiro nº 607 João Loureiro
1º Marinheiro nº 2986 Gregório
1º Artilheiro nº 1900 Álvaro Fernandes Nogueira
2º Marinheiro T.S. nº 4750 Francisco Pires Louro
2º Marinheiro A.D. nº 301 Manuel de Sousa Fernandes
2º Fogueiro A.D. nº 506 José Pereira Constâncio
1º Grumete nº 5413 Isidoro Manuel Pereira
1º Grumete nº 4380 José Baptista Matias
2º Sargento de Manobra nº 447 Manuel Roque
2º Sargento Enfermeiro nº 4165 Acácio Alves de Moura
Cabo Marinheiro nº 1599 José Maria
Cabo Marinheiro nº 1905 Joaquim da Encarnação
1º Artilheiro nº 2723 José Rodrigues Manteigueiro
1º Artilheiro nº 2755 Augusto Ferreira
1º Artilheiro nº 3264 Lucas Marques Vitória
2º Artilheiro nº 5080 Manuel da Silva de Sousa
2º Artilheiro 5119 José da Rocha
2º Artilheiro nº 5242 José Francisco Martins
1º Fogueiro nº 2610 Manuel Fortunato Vieira
1º Marinheiro nº 3701 Álvaro Madeira
1º Marinheiro nº 3360 Francisco António Vicente
1º Grumete nº 4075 Manuel de Freitas
1º Grumete nº 6132 Silvestre Augusto Caldeira
1º Torpedeiro nº 4312 Francisco Ferreira Rodrigues
2º Fogueiro A.D.M. nº 308 Alberto dos Santos
2º Fogueiro A.D.M. Francisco Alexandre
2º Fogueiro A.D.M. nº 375 José Rebelo Coelho
2º Fogueiro A.D.M. nº 504 José Ribeiro Espada
Chegador A.D.M. nº 185 João Monteiro
Chegador A.D.M. 376 José Augusto
Chegador A.D.M. Januário da Silva
2º Marinheiro A.D.M. nº 304 João Mirão
2º Marinheiro A.D.M. nº 372 João Pereira da Costa
Cozinheiro A.D.M. nº 310 Jerónimo André Gines