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A ACCA irá realizar, nos dias 5 a 7 de outubro, na Base Naval de Lisboa (BNL), no Alfeite, a 2ª edição do Acampamento Marítimo e Regata “Comandante Carvalho Araújo” (AM&R CCA) que, este ano, para além de incluir vários Agrupamentos de Escuteiros Marítimos, irá contar também com o Agrupamento Terrestre 504 – Quinta do Anjo, nosso associado fundador, através da participação da secção cujo patrono é Carvalho Araújo. Para além do Corpo Nacional de Escutas (CNE), este evento contou também, uma vez mais, com a parceria e inestimável apoio da Marinha Portuguesa e do Clube Náutico de Cadetes e Oficiais da Armada (CNOCA). Estando prevista a entrega de prémios para a tarde de sábado, 6 de outubro, às 18 horas, no CNOCA, gostaríamos de contar com a vossa presença. Com vista a disponibilizar o acesso às instalações da BNL, solicitamos aos consócios interessados que nos contactem.
Na linha do plano de atividades apresentado e aprovado na última Assembleia Geral da Associação Comandante Carvalho Araújo (ACCA), estão agendados diversos eventos relacionados com o reconhecimento da importante efeméride do centenário do combate do NRP “Augusto Castilho”, comandado pelo então 1º Tenente José Botelho de Carvalho Araújo, quando a 14 de Outubro de 1918, enquanto escoltava o paquete “San Miguel” nos mares dos Açores, enfrentou heroicamente o poderoso submarino alemão U139, permitindo, com o sacrifício da própria vida, que o paquete e os seus 206 passageiros embarcados chegassem são e salvos aos Açores.
Neste âmbito foram preparados diversos programas de atividades, articulados entre si — em que a Marinha, a Câmara Municipal de Vila Real e a Região Autónoma dos Açores têm tido um papel de especial destaque — e que ACCA pretende agora divulgar aos seus associados, convidando a todos e respetivas famílias e amigos para se associarem aos respetivos eventos.
Ficam assim disponíveis os programas de atividades presentemente previstas para a Região Autónoma dos Açores e Vila Real.
Para a melhor consecução do pretendido papel da ACCA na concretização das diversas atividades indicadas, tem a Direção contado com o inestimável apoio de vários dos seus associados, no desenvolvimento e apoio a iniciativas, ligação com entidades e organização, apoio e intervenção em atividades. A todos eles, sem exceção e independentemente do seu contributo, queremos expressar o nosso grato reconhecimento. Muito obrigado!
Realizou-se no passado dia 17 de Maio, pelas 17.30, no Pavilhão das Galeotas, a cerimónia de inauguração da exposição temporária Carvalho Araújo a vida pela Pátria.
Organizada em conjunto pelo Museu de Marinha, Comissão Cultural de Marinha e pela Associação Comandante Carvalho Araújo, esta exposição dará a possibilidade aos visitantes de conhecerem a vida pessoal, política, jornalístca e militar da figura heroica que deu a vida para salvar mais de 2 centenas de pessoas na madrugada de 14 de Outubro de 1918.
Nesta exposição, poderemos ver, entre outras peças, as fardas usadas por Carvalho Araújo, cartas que escreveu aos filhos, o Relatório que escreveu enquanto Governador em Inhambane, etc.
Na cerimónia, que contou com a presença do Vice-CEMA Sr. Almirante Novo Palma, foi possível ainda assistir ao lançamento pelos CTT de um postal comemorativo dos cem anos do combate.
Da esqª para a drtª: Comandante Baptista Valentim, Tenente Gonçalves Neves, Tenente Ana Tavares, Tenente Alice Amorim, Ana Guerreiro e Tenente Guerreiro dos SantosBreve conversa entre o Presidente de Direcção da ACCA, CMG Vale Matos, Vice Presidente, Ana Guerreiro, Almirante Novo Palma, Vice-CEMA e Tenente Alice Amorim, do Departamento de Investigação do Museu de MarinhaCoro Musical Vozes no TempoLançamento de postal comemorativo dos 100 anos do combate
A 18 de Maio, data em que se celebra o aniversário de nascimento de José Botelho de carvalho Araújo e também 2 anos de existência da ACCA, abre as portas ao público a exposição Carvalho Araújo – a Vida pela Pátria.
Em parceria com o Museu de Marinha e com o apoio da Comissão Cultural de Marinha, que aceitaram o desafio de acolher esta iniciativa, será apresentada uma exposição que retrata a vida, obra e carreira militar de uma das principais figuras militares da Marinha Portuguesa durante a 1ª Grande Guerra.
A 14 de outubro de 1918, Carvalho Araújo perdia a vida, aos 37 anos, ao comando do NRP “Augusto Castilho”, para proteger o paquete San Miguel do submarino alemão U139, comandado pelo “ás dos ases” von Arnauld de la Perière.
Cumpriu exemplarmente a sua missão, tendo conseguido salvar todos os seus passageiros.
Republicano convicto, Carvalho Araújo foi deputado pelo núcleo de Vila Real na Assembleia Constituinte. Os seus dotes oratórios, a sua frontalidade e honestidade estavam patentes não só nos seus discursos e conversas, mas também nos artigos que escrevia enquanto jornalista.
Amigo pessoal de Cândido dos reis, esteve presente na sua casa, a 3 de Outubro de 1910, onde se planeou o golpe do 5 de Outubro, a Implantação da República.
Carvalho Araújo foi um exemplo. Viveu e morreu pela Pátria. A prová-lo as suas últimas palavras, enquanto agonizava após ter sido atingido por um estilhaço de granada, “morro como português”.
A ACCA convida todos os seus Associados e amigos a estarem presentes na cerimónia de inauguração daquela que será, sem dúvida, uma exposição memorável.
No âmbito do Programa “Ligar ao Mar”, orientado para a sensibilização e aproximação dos cidadãos em geral, e dos jovens em especial, ao mar e às diversas atividades náuticas, navais e marítimas, a Associação Comandante Carvalho Araújo (ACCA), com o imprescindível apoio da Marinha Portuguesa e do Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada (CNOCA), organiza no fim de semana de 6 a 8 de outubro, o Acampamento Marítimo e a Regata “Comandante Carvalho Araújo” 2017, na Base Naval de Lisboa (BNL). O evento contará com a participação de várias dezenas de jovens escuteiros e velejadores pertencentes aos Agrupamentos de Escuteiros Marítimos do Vale do Tejo (Barreiro, Belém, Nova Oeiras, Parque das Nações, Seixal e Setúbal).
Os participantes, entrarão na BNL na noite de sexta-feira, dia 6. Na manhã seguinte, dia 7, após a cerimónia de içar da Bandeira Nacional, visitarão uma fragata, as instalações da Escola Naval e o Simulador de Navegação.
Durante a tarde do mesmo dia, sábado, terá lugar a primeira Regata “Comandante Carvalho Araújo”, na qual está previsto participarem cerca de quinze embarcações “Scout” (adaptação da classe “Dot” feita por, e para, escuteiros), decorrendo de seguida, pelas 18h00, a cerimónia de entrega de prémios.
Finalmente, no dia 8 de manhã, terá lugar, a seguir à Eucaristia, uma prova de conhecimentos, em ligação com um circuito pedestre a realizar em equipa.
A ACCA visa com esta iniciativa contribuir para o cumprimento de várias das suas áreas de missão, designadamente no respeitante à promoção da figura do Comandante José Botelho Carvalho de Araújo, à valorização do património naval da Marinha Portuguesa, ao acentuar de Portugal como país marítimo, ao divulgar das carreiras ligadas ao mar e ao estímulo, nos jovens, do culto de uma prática assente em valores e de uma liderança baseada no exemplo da ação individual.
Associação Comandante Carvalho Araújo celebra o seu primeiro aniversário na data de nascimento do Cte. José Botelho de Carvalho Araújo.
No passado dia 18 de Maio, no dia do centésimo trigésimo sexto aniversário do nascimento do Cte. José Botelho de Carvalho Araújo, a Associação Comandante Carvalho Araújo organizou um jantar comemorativo desta importante data, que pelo seu valor simbólico foi também o dia escolhido pelos associados fundadores para a constituição formal da ACCA em 2016.
O evento, que assinalou igualmente o primeiro aniversário da ACCA, decorreu no Clube Militar Naval em Lisboa, contou com a presença de diversos associados e respectivos familiares, os quais honraram a incitativa com a sua presença. A celebração proporcionou um agradável convívio entre os participantes, possibilitando ainda uma interessante troca de ideias sobre as actividades a desenvolver durante o próximo ano.
Após algumas palavras de agradecimento pelo Presidente da Direcção, Cte. José Vale Matos, os presentes brindaram ao futuro da ACCA.
Decorrerá no próximo dia 7 de abril de 2017 a cerimónia de apresentação da 2ª edição do livro da autoria de Sérgio Rezendes - "A Grande Guerra nos Açores - Património e Memória Militar".
Agora a nível nacional e com a chancela do Centro República, a obra será apresentada pela historiadora Dr. Ana Paula Pires. O evento, promovido Editora Caleidoscópio realizar-se-á na Casa dos Açores em Lisboa, pelas 21h30.
O Salão Nobre do Palácio da Independência recebeu, no passado dia 30 de Maio a Cerimónia de Apresentação Oficial da Associação Comandante Carvalho Araújo.
Presentes neste evento estiveram diversas individualidades civis e militares, destacando-se Sua Excelência O Senhor Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Macieira Fragoso, e a Dra. Ana Paula Pires em representação do Instituto de História Contemporânea que, na qualidade de oradores, saudaram a constituição da Associação Comandante Carvalho Araújo, salientando a sua relevância para a sociedade civil e militar.
Presentes nesta Cerimónia estiveram também diversos familiares do Comandante Carvalho Araújo e da guarnição do Navio-Patrulha “Augusto Castilho” que celebraram a constituição da A.C.C.A. com uma imensa alegria e emoção.
Foi uma sala cheia que presenciou o arrancar da Associação Comandante Carvalho Araújo e a emoção que se foi sentindo ao longo dos discursos era visível nos olhares das pessoas que escutavam atentamente as palavras proferidas.
Durante o seu discurso o Presidente de Direcção da Associação Comandante Carvalho Araújo falou sobre o desafio que foi aceitar este cargo de tanta responsabilidade:
“No início do presente mês, quando me encontrei pela primeira vez com a senhora Ana Guerreiro, bisneta do Comandante José Botelho de Carvalho Araújo, e ela me convidou para presidir a Direção da Associação, perguntando se teria disponibilidade para tal, foi algo com que não contava. Talvez por despreocupação minha e por me encontrar há já mais de cinco anos afastado da efetividade do serviço na Marinha. Não pude deixar de lhe responder que tinha acabado de assumir um compromisso que me iria limitar ainda mais a minha já reduzida disponibilidade temporal, mas que, no entanto, iria ser muito difícil dizer que não à sua proposta.”
O facto de pertencer ao Curso de Oficiais de 1979 que tem como Patrono o Comandante Carvalho Araújo foi algo que pesou na sua decisão, disse o Presidente de Direcção:
“Para além do que para mim significa “Carvalho Araújo”, como exemplo e elemento simbólico agregador de um grupo de camaradas com quem partilhei um período único da minha vida, repleto de gratas e especiais recordações, enquanto cadete e aspirante da Escola Naval, percebi muito claramente nas suas palavras o quanto dela ela punha, e estava disposta a colocar, neste projeto.”
Cmdt. Vale Matos, presidente da direção da A.C.C.A.
“Desde pequena, sempre me habituei a ouvir histórias que a minha avó e o meu pai me contavam. Não seria portanto, de estranhar, que, ao contrário dos meus amigos, eu tivesse um herói muito real.
Foi este Herói que me inspirou, que me guiou e me fez encontrar o caminho. Cada detalhe novo sobre a sua vida era uma nova inspiração. E essa inspiração foi crescendo até se tornar num projecto de vida. Este é o meu projecto de vida.”
Visivelmente emocionada, Ana Guerreiro fez questão de mencionar a importância dos Heróis e do amor à Pátria.
“Queremos contribuir para enaltecer o nosso país enquanto nação. Queremos mostrar aos jovens de hoje e do amanhã que podem e devem orgulhar-se de serem portugueses. Portugal é apelidado muitas vezes enquanto “país de poetas”: Os Lusíadas são a prova viva de que somos um país de heróis!”
Ana Guerreiro, bisneta do Cmdt. Carvalho Araújo.
Retomando a palavra o Presidente de Direcção focou o seu discurso sobretudo na missão e valores da Associação:
“Pretendemos uma Associação de atitude aberta à diferença, novidade e mudança, acolhendo e estimulando a riqueza inerente à diversidade. Não uma Associação focada em posições fechadas, mas sim em valores e interesses partilhados. Que não acabe na Pátria, mas parta dela para outros mundos; pois que para melhor nos relacionarmos com os outros é bom que comecemos por nos conhecer a nós próprios e que nos sintamos bem com isso. Reconhecendo as nossas forças e margens para progresso. Sabendo e aceitando que somos uma Associação pequena, talvez apenas uma gota de água, mas que muitas gotas de água ligadas formam oceanos.
Tudo isto é na essência aquilo que pretendemos que esteja na base da ação da Associação Cte Carvalho Araújo. Cidadania, Dignidade, Integridade, Lealdade e Solidariedade, como valores. Abertura, Diversidade e Agregação de Forças como orientação para ação.”
Discurso de Sua Exª. o Senhor Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Macieira Fragoso
O Presidente de Direcção findou o seu discurso, agradecendo a todos aqueles que fizeram questão de estar presentes nesta Cerimónia.
A Dra. Ana Paula Pires fez questão de ressalvar a importância de Associações como esta para ajudarem a engrandecer a nossa História e possibilitar que as gerações futuras possam conhecer melhor as figuras que dela fizeram parte. Referiu Carvalho Araújo como um exemplo não só a nível militar mas também como Jornalista e Político.
A questão da Pátria e da nossa História foi também focada pelo Almirante Macieira Fragoso, Chefe de Estado-Maior da Armada que saudou a iniciativa, enalteceu o valor cívico da Associação e falou de Carvalho Araújo como uma referência para a Marinha e para o nosso país.
A Cerimónia encerrou após um Porto de Honra, onde foi brindada a ocasião por todos aqueles que a dignificaram com a sua presença.
“Recentemente assisti a um filme e dos belíssimos diálogos fixei estas frases: “O que é a História senão o registo dos feitos de grandes homens? Um homem apenas tem uma vida mas a História encarrega-se de nos recordar a mesma.”
Imaginar a figura de Carvalho Araújo, tombando e agonizando, após ter sido atingido pelo estilhaço de uma granada não é fácil para mim. Apesar de ter nascido 53 anos após a sua morte, sempre senti uma forte ligação com este homem, meu bisavô.
Não pelo estatuto de herói, não pelo facto de ter tomado parte num dos mais mencionados combates históricos portugueses, mas pela sua forma de estar, pelos seus ideais. Admiro-o por aquilo que foi, pelo seu carácter, não por aquilo que fez ou por aquilo que teve, porque aquilo que teve, qualquer um poderia tê-lo, aquilo que fez, qualquer um poderia fazê-lo, mas ser como ele… ninguém jamais poderia sê-lo!
Desde pequena, sempre me habituei a ouvir histórias que a minha avó e o meu pai me contavam. Não seria portanto, de estranhar, que, ao contrário dos meus amigos, eu tivesse um herói muito real.
Foi este Herói que me inspirou, que me guiou e me fez encontrar o caminho. Cada detalhe novo sobre a sua vida era uma nova inspiração. E essa inspiração foi crescendo até se tornar num projecto de vida. Este é o meu projecto de vida.
O meu bisavô, na sua ausência física, está presente neste momento. Vejo em cada um de nós, familiares, colegas de profissão, entre outros, uma pequena fração da sua imagem. Os fragmentos de recordações das suas palavras, dos episódios da sua curta vida, dos valores por ele transmitidos, publicamente ou em particular, reconstrói e renova a sua pessoa.
Hoje é, por isso, um dia de saudade. A saudade faz-nos lembrar actos e gestos com um misto de tristeza e de sorrisos e algumas pessoas partem e deixam um leve rasto da sua presença. Mas não o meu bisavô. Ele marcou de forma contundente a sua presença entre nós. Seja nos artigos que deixou escritos, seja nos discursos que proferiu, seja no seu acto heroico, seja nos valores que transmitiu aos filhos, amigos e colegas.
Por isso, Exmºs Senhores hoje é também um dia de reflexão. Inclusive para mim. Quase cem anos depois da sua morte, consigo examinar, com algum distanciamento, a herança que ele deixou e que me serve de referência.
Herança que não é feita de bens materiais, em relação aos quais foi sempre desprendido. Mas dos valores, da rectidão, da dignidade e do aceitar novos desafios, aos quais nunca virou a cara. Era amigo no trato e generoso nas palavras e gestos. Ensinou os filhos a serem modestos na sua apresentação pessoal e respeitosos em relação aos outros. Mas também a nunca abrir mão da sua ambição intelectual e da perseverante busca pela excelência pessoal e profissional. E da crítica social.
Ele foi, nesse sentido, exemplo vivo das suas convicções. Soube, em inúmeras oportunidades, colocar o dever acima do querer. Procurou enfrentar as circunstâncias sem abrir mão dos princípios, ainda que, por diversas vezes, tivesse que pagar um preço por isso.
Hoje, enfim, é um dia de alegria. Enaltecer a memória do meu bisavô é glorificar o engrandecimento da Pátria independente e livre, ideal que sempre o norteou, é recordar para além do heroico marinheiro o apaixonado defensor da democracia.
Orgulho da sua Pátria como marinheiro, modelo de cidadão como republicano, tinha um carácter impoluto.
A ideia de criar um organismo oficial ligado à figura de Carvalho Araújo remonta a 2004, quando começei a preparar o Projeto Carvalho Araújo – A Vida pela Pátria. Entendi na altura, que a par deste projeto, seria necessária a criação de uma entidade que promovesse não só a figura do Comandante José Botelho de Carvalho Araújo mas que desenvolvesse acções de acordo com os seus princípios e ideais.
Mas a Associação Comandante Carvalho Araújo ambiciona mais: Queremos contribuir para enaltecer o nosso país enquanto nação. Queremos mostrar aos jovens de hoje e do amanhã que podem e devem orgulhar-se de serem portugueses. Portugal é apelidado muitas vezes enquanto “país de poetas”: Os Lusíadas são a prova viva de que somos um país de heróis!
E se o meu bisavô foi um Herói, não podemos jamais esquecer a guarnição que lutou ao seu lado na sua derradeira missão. Alguns deram também a vida. Outros sobreviveram. Mas todos fizeram história. Todos eles foram Heróis! E é com enorme orgulho que temos aqui presentes familiares de vários tripulantes do Augusto Castilho. E é uma honra poder contar com alguns enquanto membros desta Associação. E a todos eles agradeço pelo apoio, por estarem hoje aqui connosco.
Projectos como os Cadetes do Mar, hoje aqui presentes, são o exemplo vivo de que podemos contrariar as evidências. Podemos mostrar ao mundo que estamos vivos e que os séculos da nossa história demonstram bem aquilo que o nosso Hino diz: Heróis do Mar, Nobre Povo, nação Valente, Imortal. A tradição portuguesa é a herança ímpar de bens culturais, costumes e tradições de um país com mais de 800 anos de história.
Neste sentido, convido todos aqueles que se identifiquem com os nossos princípios, com os nossos ideais, a associarem-se, apoiarem, divulgarem e contribuírem, dessa forma, para que possamos levar a bom porto um objectivo que pretendemos que seja comum: Dignificar a nossa pátria, honrar aqueles que com esforço e abnegação levaram o nome de Portugal mais além.
A constituição desta Associação não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e empenho de diversas pessoas e entidades, civis e militares. Gostaria, por este facto, de expressar toda a minha gratidão e apreço a todos sem excepção que, direta ou indiretamente, contribuíram para que este sonho se tornasse uma realidade.
Um agradecimento especial à Comissão Portuguesa de História Militar e ao Senhor Coronel Banazol pelo apoio e cedência do magnífico Salão Nobre.
A todos os membros da Associação, agradeço por terem aceitado e respondido tão prontamente a este desafio.
Por fim quero agradecer à minha família, em especial ao meu marido e aos meus filhos pela paciência, apoio, carinho e dedicação e por nunca me terem deixado desistir deste sonho ao longo destes 12 anos.
Ao meu pai, onde quer que esteja, quero dizer-lhe que os sonhos são possíveis para aqueles que têm coragem.”
Ana Guerreiro, bisneta do Comandante Carvalho Araújo